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A falta de investimento em startups fundadas por mulheres é um problema que persiste no mercado global. Dados recentes mostram que, nos Estados Unidos, apenas cerca de 2,3% do capital de risco foi destinado a startups fundadas exclusivamente por mulheres.

Também falta de diversidade entre aqueles que fazem os investimentos: apenas 3% do capital é levantado por VCs (venture capitalists) formados por times de mulheres, de acordo com dados do Venture Capital Journal.

Essas disparidades refletem um viés de gênero que limita o crescimento e a inovação no ecossistema empreendedor. Segundo relatório do Banco Mundial em 2024, a alocação de capital sem vieses (incluindo de gênero) poderia gerar impacto positivo de aproximadamente 20% sobre o PIB mundial.

Nesse contexto, muito tem se falado em Smart Gender Investing, ou investimento inteligente em gênero, uma abordagem estratégica que visa direcionar capital para empresas que promovem a igualdade de gênero, incluindo aquelas fundadas por mulheres, reconhecendo o valor e o potencial de retorno.

Investir em startups lideradas por mulheres não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma decisão financeira inteligente. Apoiar estas empresas contribui para reduzir as desigualdades de gênero e gera uma reação em cadeia, já que mulheres são mais propensas a contratar outras mulheres, criando maiores oportunidades de carreira, maior independência financeira e aumento de renda – resultados benefícios para a sociedade como um todo.