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Segundo a pesquisa Empreendedorismo Negro do Brasil, realizada pela Preta Hub, em parceria com JP Morgan e Plano CDE, a maioria dos empreendedores negros indica a dificuldade de acesso a capital empreendedor em condições justas como um dos principais obstáculos ao desenvolvimento e crescimento de suas startups – cerca de 30% dos empreendedores negros afirmam que tiveram crédito negado sem explicação.

Esses dados retratam um cenário de desigualdade racial e o seu impacto na economia e no ecossistema de inovação brasileiro, ao demonstrar a existência de enormes barreiras ao sucesso de empreendedores negros e negras, algumas delas visíveis e outras invisíveis e estruturais.

Com o propósito de preencher essas lacunas de diversidade, inclusão e acesso a capital empreendedor, em 2020, a Google for Startups anunciou a criação do ‘Black Founders Fund’, fundo que investe recursos financeiros em startups fundadas e lideradas por pessoas negras no Brasil, sem qualquer contrapartida ou participação societária.

Desde o seu lançamento, o Black Founders Fund já investiu em cerca de 43 startups. Somente no ano de 2022, R$ 8,5 milhões foram investidos, totalizando R$ 13,5 milhões destinados a empresas fundadas e lideradas por pessoas negras no Brasil desde o lançamento da iniciativa.

Como requisito para a candidatura no fundo, as startups devem ter em seu quadro societário fundadores ativos que se autodeclaram negros e negras, bem como estar em busca de uma rodada de investimento para financiar o próximo estágio de desenvolvimento e possuir um produto lançado com alguns usuários e clientes em potencial.

Trata-se de uma importante iniciativa que busca ampliar a representatividade racial no mercado de tecnologia, contribuindo para a construção de um ecossistema mais igualitário e diverso.