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Segundo dados levantados pela Distrito, houve uma queda de 86% nos aportes em startups brasileiras no primeiro trimestre de 2023, em comparação com o primeiro trimestre de 2022. Os números indicam um cenário de insegurança para os segmentos de tecnologia e inovação.

O clima de incerteza originado pela mudança de governo, somado à alta da taxa de juros e à quebra do Silicon Valley Bank prejudicou a captação de recursos pelas casas que operam venture capital no País, que optaram por correr menos riscos. Esse movimento incentivou a adoção de métricas de mercado mais racionais e baseadas em geração de receitas, resultando em demissões em massa e redução dos valuations de startups.

Nesse cenário, as aquisições estruturadas com fundamentos típicos do mercado de venture capital devem impulsionar o mercado de fusões e aquisições nos próximos meses. Trata-se de uma alternativa para captação de recursos por startups que conseguem corresponder a níveis mais altos de exigências, bem como uma oportunidade para empresas tradicionais que buscam um atalho de crescimento não orgânico, com valuations mais acessíveis.

Essa modelagem de investimentos geralmente é implementada por meio da aquisição de participação minoritária da investida e envolve arranjos de pagamento diversos, incluindo participação societária da própria investidora e compromissos de pagamento futuro mediante o atingimento de metas. Nessa configuração, as startups conseguem uma alternativa ao financiamento via venture capital, usufruindo de uma estrutura corporativa robusta, enquanto redirecionam os seus esforços para desenvolvimento e entrega de produtos e tecnologia.