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Novidades - 20/09/2024

Evolução do mercado de Corporate Venture Capital (CVC) e novas estratégias para investimento em Startups

O mercado de Corporate Venture Capital (CVC) no Brasil passou por uma evolução, tornando-se mais estratégico e seletivo. Pesquisa recente da Sling Hub e Alya Ventures revelou que os investimentos de CVC no Brasil caíram 60% entre 2022 e 2023. Importante ressaltar que os dados refletem o amadurecimento do mercado, e não a falta de interesse. Empresas estão agora focando em investimentos que se alinhem com seus objetivos de longo prazo, evitando riscos especulativos.

Setores que antes eram dominantes, como fintechs e healthtechs, continuam atraentes, mas o foco tem se expandido para áreas onde o Brasil possui vantagens competitivas. Agritechs e startups de energia renovável têm se destacado como setores estratégicos, uma vez que abordam a necessidade de inovação em áreas críticas para a economia brasileira, como agricultura e sustentabilidade. Essas startups estão ajudando o Brasil a enfrentar desafios globais, como mudanças climáticas e a transição para uma economia de baixo carbono.

Nesse cenário, as corporações adotam novas estratégias para se engajar com startups. Uma dessas abordagens é o Venture Clienting, onde as corporações passam a atuar como clientes das startups em vez de apenas investidores. Essa modalidade permite que soluções inovadoras sejam evoluídas e integradas diretamente nas operações das corporações, com ou sem aporte financeiro direto, o que minimiza os riscos e maximiza o impacto comercial imediato.

Outra estratégia relevante é o Venture Building, onde as corporações auxiliam no desenvolvimento e crescimento das startups, fornecendo não apenas capital, mas também infraestrutura, expertise e suporte operacional. Isso cria um relacionamento mais profundo e duradouro entre a corporação e a startup, garantindo que ambas as partes colham benefícios a longo prazo.

Essas estratégias não são excludentes entre si e, em alguns casos, são utilizadas de forma concomitante, de acordo com os interesses estratégicos dos CVCs e as potencialidades das startups.

Para o futuro, o CVC deve continuar a focar em investimentos estratégicos e explorar novos modelos, possibilitando às empresas brasileiras a continuidade do impulsionamento da inovação e manutenção de sua competitividade em um cenário global em constante transformação.

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